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Vingadores: Ultimato e o problema do filme que nunca acaba



No dia que faço essa postagem, fazem 144 dias que Vingadores: Ultimato foi lançado nos cinemas e tivemos o desfecho dos dez primeiros anos do MCU com aqueles acontecimentos fantásticos que tem muita gente que ainda não acredita.

Desde então, foram surgindo muitas entrevistas, postagens, revelações e detalhes do enredo por parte dos diretores, os Irmãos Russo. Alguns explicavam coisas que haviam ficado confusas, outras adicionavam detalhes, justificativas etc. Foi por aí que descobrimos as motivações de alguns personagens e o que aconteceu com outros que não estavam em cena ou até alguns fatos que poderiam acabar sendo inusitados se acontecessem.

Algo similar acontece com Harry Potter, da J.K. Rowling. De tempos em tempos, a autora da série vai ao Twitter explicar alguma coisa ou adicionar um novo fato à história. Foi através dele que ela divulgou que Dumbledore era gay, por exemplo, algo que chamou a atenção por nunca sequer ter sido mencionado antes.

Não posso afirmar com certeza, mas creio que isso começou com Star Wars, onde diversas declarações pós-filmes do George Lucas fizeram os fãs criarem o tal do universo expandido, que depois da Disney jogou para escanteio quando comprou a franquia.

Eu sei que esse tipo de coisa é proposital para manter o assunto na boca (ou na timeline) das pessoas por mais tempo e, assim, tornar a obra menos esquecível. Também sei que grandes clássicos tendem a gerar esse tipo de questionamento por parte dos fãs, já que toda obra de ficção possui algum buraco e os fãs ficam insaciáveis por um pouquinho mais daquilo que eles gostam, mas ultimamente tenho visto mais como problema do que como jogada de marketing.

Não é que eu não goste de ter mais informações sobre as histórias que acompanho (visto que sou muito fã das três que mencionei acima), mas o resultado que isso teve, principalmente com o Ultimato, pode fazer com que se torne um padrão no futuro. Daqui a pouco, mais e mais obras virão incompletas para que as pessoas fiquem mesmo com dúvidas e seus criadores passem meses ou até anos explicando através de entrevistas ou postagens.

Talvez seja somente um mimimi da minha parte, mas sou a favor das obras serem lançadas por inteiro. Todas as informações devem estar nela! Se Dumbledore é gay, a história tem que deixar isso pelo menos implícito, é muito mais inclusivo do que mencionar oportunamente vários anos depois. O mesmo para a confusa viagem no tempo ou a devolução da Joia da Alma pelo Capitão América em Vingadores.

O problema é que a obra se torna interminável. Eu sei que é exatamente isso que vários fãs querem, mas acho que tudo precisa acabar para que coisas novas apareçam. Fora que isso desgasta a imagem e faz com que muita gente mude seu ponto de vista e passe a criticar aquilo que gostava, simplesmente porque se cansou. Mas o principal é o seguinte, e aí vai muito da minha opinião pessoal: se não está no material oficial, não aconteceu.

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