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Frozen 2 é uma continuação que deve existir



Ao considerar o histórico de continuações de animações da Disney, eu não estava nem um pouco animado para assistir Frozen 2. Sabemos que a maioria delas é totalmente dispensável e serviram apenas para arrecadar mais com franquias lucrativas (vide Rei Leão 2 e 3, Mulan 2 e outros que nem quero citar).

Ao longo dos trailers e divulgações, entretanto, minha vontade de assistir surgiu, mas não a ponto de gastar meus trocados com cinema pra ver a continuação de um filme infantil que provavelmente me deixaria desapontado. Mas ao ler alguns artigos sobre o filme, decidi que talvez valeria o investimento. E valeu!

Frozen 2 é diferente das continuações tosqueiras que a Disney sempre fez e, de certa forma, cumpre muito do que promete. Com um roteiro bastante didático, o filme se propõe a explicar detalhes sobre a origem dos poderes de Elsa e um pouco do passado que envolve o reino Arendelle, governado pela rainha do gelo.




É fato que nem tudo é explicado e ainda continuamos com algumas dúvidas mesmo após o final da história, mas acabamos nos esquecendo destes detalhes pela trama cativante e pelos personagens extremamente carismáticos que voltam à história, que aparenta ser muito mais musical que a outra. Olaf e Sven estão ótimos e muito engraçados, assim como a relação de Kristoff e Anna, que passa por algumas turbulências, mas ainda continua muito cativante.

Aliás, o que eu falei acima do objetivo da Disney de ganhar dinheiro com bonecos e afins fica ainda muito claro neste filme: agora temos novas versões de roupas super criativas tanto para Elsa quanto para Anna, isso sem falar no cavalo de água/gelo domado pela Rainha e na salamandra Bruni que faz amizade com ela ao longo da história. A parte boa é que eles ao menos entregaram uma boa história junto com essa nova leva de desejos de consumo das crianças.

O trabalho de animação é um detalhe à parte. Conhecida por ótimos trabalhos animados, a Disney se superou em Frozen 2. Não há como negar as animações incríveis, expressões dos personagens e detalhes de textura nas roupas e até nos fios de cabelo. A qualidade gráfica chega chamar a atenção de tão bonita.

A falta de um vilão também pode ser vista como um problema, mas grande parte do primeiro filme teve a mesma situação, revertida pela reviravolta de Hans, que desta vez não está na trama. Ao invés disso, Elsa e Anna são obrigadas a resolver uma situação que envolve decisões de seus antepassados. Vale mencionar que a Disney também se esforçou em deixar claro que não procede aquele rumor sobre os pais das irmãs serem os mesmos pais do Tarzan por conta das semelhanças do náufrago em que eles supostamente morreram.



Musicalmente, o novo filme é quase tão bom quanto o primeiro. Apesar de não ter uma música chiclete como Let it Go, possui canções incríveis e que com certeza serão lembradas pelas crianças e até pelos adultos. O destaque fica para Into the Unknown, que toca num dos momentos mais emocionantes e, além da versão cantada pela Idina Menzel (dubladora da Elsa), tem uma versão gravada pelo Brendon Urie da banda Panic! at the Disco. A única música que pareceu meio desconexa para mim foi Lost in the Woods, cantada pelo personagem Kristoff (e que tem uma versão pela banda Weezer), que simplesmente não se encaixa no estilo do filme. A sensação que tive é que os produtores sabiam que a música não fazia sentido e tentaram transformá-la numa piada triste, mas que não deu muito certo no final das contas.

No geral, Frozen 2 é um filme muito bem feito, que tem uma história concisa e cativante, digno de continuar o sucesso estrondoso do primeiro capítulo da história. Tem alguns probleminhas e não explica tudo que se propõe a explicar, mas vale o ingresso e vai te divertir.

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